Gislayne
A partir de 2026, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Paraná ficará 45% mais barato. A nova lei, já sancionada, reduz a alíquota de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, beneficiando cerca de 3,4 milhões de motoristas e tornando a carga tributária a mais baixa do país para automóveis de passeio.
Como ficará o valor do IPVA no Paraná em 2026?
Com a nova legislação, um veículo avaliado em R$ 50 mil, que hoje gera R$ 1.750 de imposto, terá o IPVA reduzido para R$ 950. Para modelos mais caros, a economia será ainda maior. Um exemplo é o Volkswagen T-Cross Sense 2026, que custa R$ 115.200 na Tabela Fipe: atualmente, o imposto em São Paulo seria de R$ 4.608; no Paraná, com a nova alíquota, será de R$ 2.188,80 — economia superior a R$ 2.400.
Quem será beneficiado com a redução do IPVA?
A medida atinge 83% da frota tributada do Paraná. Serão contemplados principalmente veículos de passeio (2,5 milhões de unidades), mas também motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil). A maior parte dos veículos no estado está na faixa de até R$ 50 mil, o que amplia o impacto positivo da medida para a população.
O que não muda com a nova lei do IPVA?
Algumas categorias continuam com alíquota de 1%, como ônibus, caminhões, veículos utilitários de carga, movidos a GNV e os destinados à locação. O cálculo do imposto seguirá baseado nos valores da Tabela Fipe, atualizados anualmente conforme o mercado.
Como o governo vai compensar a perda de arrecadação?
Para equilibrar as contas públicas, o governo estadual decidiu aumentar a multa por atraso no pagamento do IPVA de 10% para 20% a partir de 2026. Além disso, a expectativa é de que veículos emplacados em estados vizinhos, como Santa Catarina (alíquota de 2%), retornem ao Paraná, ajudando a recuperar parte da arrecadação.
Qual é o impacto da nova alíquota no cenário nacional?
Com a nova alíquota de 1,9%, o Paraná terá o IPVA mais barato do Brasil para veículos de passeio. A medida torna o estado mais competitivo e pode influenciar outras unidades federativas a revisarem suas tributações sobre automóveis.